O Megaupload, maior site de compartilhamento de arquivos da internet, teve seu fim súbito hoje, após uma ação do FBI que tirou o site do ar e prendeu vários funcionários responsáveis pelo site.
A investigação teve início depois que vários produtores de conteúdo indiciaram o site por pirataria, o que causou um prejuízo de 500 milhões de dólares só de filmes. O site já estava na corda bamba após ameaçar a Universal Music Group por retirar sua propaganda com participação de vários artistas conhecidos do ar.
Na Nova Zelândia, o criador do Megaupload, Kim Dotcom, foi preso e responde a vários crimes, como extorsão e conspiração para lavagem de dinheiro, além de outros três. O processo na justiça diz que o Megaupload é uma “organização criminosa mundial cujos membros participam de infração de direitos autorais e lavagem de dinheiro em uma escala massiva”. O processo ainda diz que eles faturaram pelo menos US$ 175 milhões promovendo ações criminosas.
Momentos depois um grupo hacker que tem por nome de Anonymous derrubou os sites do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, da Universal Music e da Motion Picture Association of America. De acordo com a conta do grupo no Twitter, o ataque é uma espécie de retaliação às prisões dos responsáveis pela página de armazenamento de arquivo Megaupload, retirado do ar depois de uma ação conjunta do FBI com o Departamento de Justiça.
As mensagens no microblog citam a participação de mais de 5.000 pessoas em um ataque de negação de serviço (DOS), que utiliza a capacidade de vários computadores para sobrecarregar os servidores de um site específico. “Esse é o maior ataque já feito pelo Anonymous”, aponta um dos tweets.Os Estados Unidos vivem um intenso debate por conta de duas leis, a Stop Online Piracy Act (SOPA) e Protect IP Act (PIPA), que prometem tornar mais rigoroso o combate à pirataria na Internet e podem até responsabilizar os fundadores e executivos das empresas que mantiverem arquivos ilegais em seus sistemas. Diversos portais, como Google e a Wikipedia em inglês, fizeram protestos contra as medidas.
"O fato é que a grande maioria do tráfego do Megaupload é legítimo. Se a indústria de conteúdo quer tirar vantagem da nossa popularidade, estaremos felizes em dialogar"
Fonte: Veja
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